Quarta-feira, 24 de Abril

Há seis meses sem receber, médicos do SAMU jaraguá entram de greve

Publicado em 28/11/2014 às 17:03
Jaraguá

As ambulâncias do de Jaraguá continuarão funcionando normalmente com os enfermeiros prestando atendimento a população, porém os médicos que atendem na UTI Móvel do SAMU, que estão sem receber desde o mês de maio, decidiram cruzar os braços como forma de pressionar ainda mais a prefeitura e o governo federal.

 

De acordo com Tiãozinho Arruda, Secretário Municipal de Saúde, o Ministério da Saúde, é responsável por 50% das despesas, 25% cabe ao Estado e 25% ao município.  “Só nós estamos fazendo a nossa parte, Governo Federal e Estadual ainda não repassou nada. Mas estamos lutando para receber” ponderou.

 

O médico Breno Leite, líder do movimento de paralisação, decidido em videoconferência por todos os médicos que prestam serviços ao SAMU, entregou a imprensa, na tarde de quinta-feira, (27/11), um Comunicado informando oficialmente a paralisação.

 

No documento eles alegam que estão há seis meses sem receber os salários, porém o reconhecimento do Ministério da Saúde, a UTI Móvel de Jaraguá, só foi publicado no Diário Oficial da União no início de outubro. 

 

 Breno Leite tem esperanças que os outros meses (maio a setembro) também sejam pagos. “Existe uma portaria autorizando o funcionamento para maio” argumentou.

A falta de pagamento é considerada pelos médicos do SAMU, trabalho escravo. Eles alegam que foram várias tentativas de negociações com o prefeito e o secretário de saúde, mas não obtiveram resultado. Tiãozinho Arruda, disse que o município não pode assumir uma dívida que é do Governo Federal e Estadual.

 

O Secretário voltou a alegar que a parte do município está sendo cumprida. “Não fugimos das nossas responsabilidades, ligamos, cobramos, agendamos reunião em Brasília, tudo com o intuito de resolver essa situação, que é ruim para todos nós e queremos uma solução” argumentou.

 

Os médicos alegam que estão respaldados pela constituição federal, através da Lei 7.783/89 para fazerem a paralisação. Só do Ministério da Saúde deveriam ser repassados a prefeitura para o pagamento dos plantões dos médicos 38,5 mil por mês, totalizando 462 mil reais por ano. Cada plantão custa algo em torno de 1.250,00.

 

Uma reunião emergencial está sendo marcada entre a Secretaria de Saúde e Regional do SAMU para as primeiras medidas pós-paralisação. Outra esta sendo agenda em Brasília para a próxima semana.

 

 

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