Terça-feira, 16 de Abril

Família Faz denúncia contra a prefeitura de Carmo do Rio Verde

Publicado em 02/03/2015 às 23:07
Carmo do Rio Verde

Uma família na cidade de Carmo do Rio Verde procurou a reportagem do Jornal Populacional para relatar problemas do descaso das autoridades públicas com uma criança de necessidades especiais e sua mãe.

 

Aparecida de Fátima dos Santos de 57 anos (Avó da criança) em entrevista ao jornal relatou que, cuida da criança, uma menina de 12 anos, Aparecida disse estar com câncer e já não tem condições de oferecer todo o cuidado que a criança necessita.

 

 A avó disse que, precisa de uma clínica para sua neta, já que esta não foi bem vinda à escola e também de uma moradia para sua filha, que não possui boas condições financeiras e passa por constantes dificuldades.

 

Aparecida de Fátima falou que, levou estas queixas à prefeitura municipal há um bom tempo e nada foi feito para que os problemas fossem solucionados. Segundo Aparecida, sua filha possui problemas mentais, sua neta possui necessidades especiais e seu outro neto sofre de depressão.

 

Mesmo com todas estas circunstâncias, Aparecida é a única pessoa que cuida dos membros da família e disse não ter encontrado ajuda nem mesmo no poder público.

 

Sobre a escola (Bom Pastor), Aparecida disse que esta rejeitou sua neta diversas vezes, não deixando que a criança estudasse e muitas vezes até mesmo a discriminando.

 

 A senhora disse também que encontrou problemas com o Secretário da Educação, que não facilitou a situação da criança, fazendo com que ela procurasse a justiça.

 

Aparecida também falou que sua neta não consegue estudar como as outras crianças, mas que gosta do convívio com estas, o que ajuda nas emoções da menina. Segundo a avó, sua neta é muito agressiva e há situações em sua casa que  ficam incontroláveis.  

 

Aparecida ainda disse sobre a questão da casa que, a prefeitura distribui moradias para pessoas que não necessitam verdadeiramente e pessoas como sua filha que realmente necessitam,vivem em dificuldade.

 

A reportagem do Jornal Populacional procurou o Secretário da Educação de Carmo do Rio Verde (Adriano Pereira) para saber o outro lado da história.

 

 Adriano relatou que, desde o início desta gestão têm procurado ajudar a Dona Aparecida, porém existem algumas dificuldades em função do problema que sua neta apresenta (Transtorno mental grave).

 

O secretário mencionou que, sabe que a vida de Aparecida é sofrida e que esta possui uma família que passa por muitas dificuldades.

 

O secretário também disse que, a escola não estava exercendo seu papel, que é incluir, já que Dona Aparecida queria que sua neta ficasse em uma sala separada, apenas com um colchão, excluída das outras crianças, o que Adriano acredita que não seja o papel da escola.

 

O papel da escola segundo o secretário é inserir a criança para que esta desenvolva, em questão de aprendizagem, do seu psicológico e convívio social.

 

O secretário relatou que a partir do momento que foi tomada a medida de que a criança deveria ficar dentro da sala de aula com as demais crianças, Dona Aparecida se revoltou, tirando a criança da escola e procurando o Ministério Público.

 

Adriano disse que, o que houve em relação à criança não foi descaso, mas sim o cumprimento do papel da educação em sua forma legítima. Sobre a questão da clínica, Adriano falou que, chegou a procurar a APAE de Ceres, já que o tratamento neste recinto seria mais especializado, porém não houve aceitação por parte da família, incluindo Dona Aparecida que, alegou problemas de deslocamento (O município se comprometeu com o deslocamento da criança).

 

Adriano ainda disse que não procedem as acusações de Dona Aparecida que o município não viabilizou o atendimento da criança em instituições especializadas, pois em outros momentos o município conseguiu instituições nas cidades de Goiânia e Anápolis para realizar o tratamento da criança, porém a família não dispunha de uma pessoa responsável que acompanhasse a menina.

O secretário finalizou dizendo que não maltratou Dona Aparecida ou sua neta, que a divergência que ele teve com Dona aparecida se referiu apenas à forma que a escola desempenha seu papel.

 

Adriano também disse ter conhecimento de que a neta agride os avós e que esta agressividade é uma das dificuldades que cerca os dois lados.

 

A Secretária de Assistência Social do Carmo do Rio Verde (Denise Bessa) relatou ao Jornal que, o Juiz recentemente mandou que fosse providenciada uma pessoa para cuidar da menina por meio período, assim a Assistência Social contratou uma mulher (Simone - Nora de Dona Aparecida) para cuidar da criança na parte matutina.

 

Já no período vespertino a criança está frequentando a Escola Municipal Bom Pastor.

 

Texto: Consuelo de La Cruz.

 

 

 

 

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