Publicado em
13/03/2025
às 23:01
Em Goiás
Documentos de uma família desaparecida em Alvorada do Norte (GO) foram encontrados enterrados ao lado de corpos localizados em uma chácara no referido município. Os documentos são de Flávio dos Santos Neri, de 29 anos, Jéssica Cristina de Assis, de 27, grávida de oito meses, e da filha do casal, Nayra Gabrielly, de 1 ano e 10 meses.
A descoberta levanta a suspeita de que os corpos sejam da família desaparecida desde dezembro de 2024. No entanto, segundo o delegado Thiago Farias, apenas exames do Instituto Médico Legal (IML) poderão confirmar a identidade das vítimas.
De acordo com parentes, a família se mudou para a propriedade rural, pertencente ao avô de Flávio, em 17 de dezembro, data da última conversa entre ele e sua irmã. O desaparecimento foi registrado em 25 de fevereiro, após os familiares não conseguirem mais contato.
“A família relatou que, após o dia 17 de dezembro de 2024, não teve mais nenhum tipo de comunicação com os desaparecidos. Diante disso, foram feitas diligências para tentar determinar se a família havia saído de Alvorada do Norte ou se ainda estava na região”, explicou o delegado.
Em 4 de março, a Polícia Civil iniciou uma diligência na área de seis alqueires, mas devido à dificuldade do terreno e recursos limitados, não teve sucesso. Foi solicitado apoio do Corpo de Bombeiros, que levou cães farejadores e equipamentos de busca e salvamento.
Na última terça-feira (11/3), uma nova busca foi feita após denúncias de que a família poderia estar enterrada em uma propriedade rural na região do Assentamento P. A. Corrente, a cerca de 70 km de Alvorada do Norte, próximo ao rio. Durante a varredura, os agentes identificaram um ponto suspeito com ossos de animais e, ao escavar a área, encontraram ossos humanos, material biológico e documentos que podem ser da família desaparecida. A polícia suspeita que os corpos sejam do casal e da criança, mas a confirmação depende do laudo pericial.
Os corpos foram retirados e encaminhados ao IML para análise, a fim de determinar a causa das mortes e o tempo de sepultamento. O estado de decomposição e as condições do terreno indicam que as vítimas podem ter sido enterradas há cerca de dois meses, entre janeiro e fevereiro.
Ainda não há previsão para a conclusão dos exames periciais que confirmarão a identidade das vítimas.
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