Publicado em
24/06/2025
às 19:42
Brasil
A jovem Juliana Marins foi encontrada sem vida nesta terça-feira, 24. A brasileira caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, neste sábado, 21, e estava sem resgate até o momento devido as péssimas condições climáticas do local. Agora, a família recebeu a notícia de que ela não resistiu. Mas o que pode ter levado a sua queda?
A reportagem conversou com Ion David, guia de turismo da Associação Veadeiros, que explicou como uma operação de resgate deve ser executada. Ion explicou que a trilha feita por Juliana apresenta muitos riscos e, atrelado ao fato de que ela foi deixada sozinha pelo guia Ali Musthofa, é provável que a jovem tenha escorregado e caído.
Para o montanhista, o guia foi negligente com a brasileira: "Quando um turista, um visitante ou um grupo contrata um guia, ele está se responsabilizando primeiramente pela segurança do grupo, então ele é responsável inclusive por conhecer e dominar toda a área que está sendo visitada, conhecer os caminhos, conhecer toda a região. Ele é a pessoa responsável por essa segurança".
Ion ainda acrescente que existem protocolos a serem seguidos para prevenir acidentes: "Ele tem que estar sempre em contato visual com todos os visitantes que está guiando. No caso de um turista seguir à frente desse guia, ele tem sempre responsabilidade de avisar para o visitante um lugar que ele deve parar para poder aguardar, se tiver alguma dúvida."
O guia diz que acidentes como o de Juliana são "realmente completamente fora do comum" já que trilhas como a da Indonésia precisam de profissionais capacitados. "O guia tinha essa responsabilidade de checar se a pessoa que ele está guiando está atrás dele ou se está sendo acompanhada. O guia tem a responsabilidade de fazer uma leitura corporal do pessoal. Se ele está percebendo que tem alguém cansado, ou não se sentindo bem, ele deve parar para ajudar essa pessoa, e nunca deixar o grupo se dividir".
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