Sábado, 20 de Abril

Polícia investiga morte de médica em banheiro de hospital em Pirenópolis

Publicado em 30/06/2022 às 10:30
Pirenópolis

A médica Jayda Bento de Souza, de 26 anos, foi encontrada morta em um banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj) em Pirenópolis. A Polícia Civil investiga qual foi a causa da morte e se alguém deve ser responsabilizado.

 

A Fundação Universitária Evangélica, responsável pelo Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime, lamentou a morte da profissional e disse que "todas as informações foram repassadas às autoridades competentes pela investigação do caso".

Segundo o delegado Tibério Martins, a vítima foi encontrada pelos colegas de trabalho no sábado (25), próximo ao horário em que deveria assumir o plantão na unidade.

 

"O pessoal abriu a porta do quarto [em que ela estaria] e ouviu a torneira ligada no banheiro. Bateram na porta, ela não respondia, então arrombaram e encontraram o corpo dela lá", descreveu.

Tibério disse que, ao lado de Jayda, havia um frasco de remédio e uma seringa. De acordo com ele, deve ser apurado o regime de trabalho da jovem no local, se há envolvimento de outra pessoa e se ela morreu em decorrência de um choque anafilático - uma reação alérgica grave que pode ser fatal.

 Jayda foi encontrada morta em banheiro de hospital em Pirenópolis — Foto: Reprodução/Instagram

 

O delegado contou que estava indicado no frasco um tipo de anestésico, que "é usado para regulagem do sono", mas que a confirmação de qual substância pode ter sido usada pela médica e com qual intuito são objetos da investigação e dependem de resultados de perícia.


Questionado se há suspeita de que a médica estaria com sobrecarga de trabalho, o delegado disse que a questão também será apurada.

 

"Sobre o horário de plantão, circulou essa informação [de que a médica estaria trabalhando há 60 horas direto] pelas redes sociais, mas o hospital já desmentiu esta carga horária. Em todo caso, será apurado o regime de trabalho dela no ambiente hospitalar. [...] Nós não descartamos nada nesse sentido, se com o andamento das investigações for informado que esse medicamento era de uso frequente dos médicos, aí teremos mais essa linha para apurar", explicou.

 

A fundação que administra o hospital disse que a médica estava no seu segundo plantão desde que foi contratada como plantonista e que não procede a informação de que ela estaria sob carga excessiva de trabalho na unidade.

As investigações devem contar com trabalho da Polícia Técnico-Científica para esclarecer o que realmente levou à morte da médica.

 

 

Nota do hospital

 

Sobre a morte da médica Jayda Bento de Souza, que morreu aos 27 anos no interior do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ), a Fundação Universitária Evangélica (FUNEV), gestora da unidade, em primeiro lugar, lamenta profundamente a morte precoce da profissional. Rogamos a Deus que conforte todos os familiares e amigos. Destacamos ainda que todas as informações foram repassadas às autoridades competentes pela investigação do caso.

 

Sobre as circunstâncias do ocorrido, a FUNEV esclarece:

No dia 25 de junho de 2022, data do ocorrido, a médica Jayda Bento de Souza cumpria seu segundo plantão no Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime desde que foi contratada para a função de médica plantonista em clínica médica.

 

Não procede a informação de que ela estaria sob carga excessiva de trabalho na unidade.

Assim que o óbito foi constatado, a direção do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ) comunicou imediatamente o fato às autoridades policiais, e IML, que, desde então, passaram a investigar o ocorrido.

Demais informações as circunstâncias que envolvem o ocorrido deverão ser obtidas junto às autoridades policiais competentes, uma vez que o caso está sob investigação.

 

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