Sábado, 21 de Dezembro

Ex-presidente do DEM de Anápolis, Cacai Toledo é solto seis meses após ser preso acusado de mandar matar Fábio Escobar

Publicado em 12/12/2024 às 17:43
Goiânia

O ex-presidente do DEM (atual União Brasil) de Anápolis, Carlos César Savastano de Toledo, conhecido como Cacai Toledo, foi solto na quarta-feira (11). Ele estava preso desde junho deste ano, após ser apontado pela polícia como o mandante do assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, de 38 anos. O crime ocorreu em junho de 2021. O pedido de liberdade foi feita pelo advogado de Toledo, Demóstenes Torres.

“A instrução processual está findando e Cacai não oferece risco para a sociedade ou para o processo. Além do que, dois dos possíveis mandantes foram apontados pelas testemunhas”, pontuou o advogado.

O mandado de soltura de Cacai Toledo foi autorizado pela Justiça dois dias após a soltura dos cabos da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) Glauko Olívio de Oliveira e Thiago Marcelino Machado. O sargento Érick Pereira da Silva foi solto no final de outubro de 2024, de acordo com a defesa. Os três haviam sido acusados de envolvimento no crime.

Em nota (leia texto completo abaixo), a advogada Rosângela Magalhães, responsável pela defesa dos militares, declarou que os policiais sempre "negaram qualquer participação no crime, o que ficou provado ao final da instrução criminal".

O texto da defesa diz ainda que os PMs sequer conheciam ou tiveram qualquer contato com os supostos mandantes do homicídio.

Na época da prisão de Cacai Toledo, a Polícia Civil revelou que o empresário Fábio Escobar foi morto por vingança depois de denunciar irregularidades financeiras na campanha eleitoral de 2018, conduzida por Cacai Toledo.

Caso Fábio Escobar

A PC-GO concluiu que o empresário Fábio Escobar foi assassinado em 23 de junho de 2021 por vingança. A investigação apontou que a morte foi planejada por ele ter denunciado desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018 durante a gestão de Cacai Toledo na presidência do DEM, em Anápolis.

Cacai atuou como coordenador da campanha do partido ao governo de Goiás naquele ano. Após a eleição de Ronaldo Caiado, ele foi nomeado diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego). No entanto, em 2020, Cacai foi preso por suspeita de fraudes em licitações da companhia e perdeu o cargo.

Durante a campanha, Escobar teria trabalhado diretamente com Cacai, mas, no ano seguinte, começou a denunciá-lo publicamente por supostos desvios de recursos. Em um vídeo, Escobar exibiu o momento em que devolvia R$ 150 mil.

Ele alegava que o valor havia sido oferecido por Cacai como suborno para que ele interrompesse as denúncias. Para os investigadores, essas desavenças foram o motivo do assassinato do empresário. Mas, a defesa de Cacai rebate as acusações.

Nota da defesa dos policiais militares

Os três policiais militares, Sgt. Erick, Cb. Glauko e Cb. Marcelino, durante toda a instrução criminal negaram qualquer participação no crime, o que ficou cabalmente provado ao final da instrução criminal, com a oitiva das testemunhas e interrogatório dos réus. Inclusive jamais tiveram qualquer contato ou conheciam os supostos mandantes do crime.

Reportagem g1 Goiás

 

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