Publicado em
28/01/2025
às 09:14
DF
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga as circunstâncias envolvendo uma cirurgia clandestina para amputação de um dos pés de uma idosa, de 103 anos, dentro de um apartamento, na Asa Norte. Brutal, o procedimento teria ocorrido sem monitoramento hospitalar e feito por uma enfermeira sem habilitação para esse tipo de operação. A idosa, que estava com o pé completamente necrosado, teria sofrido a amputação sem a anestesia necessária e sentia muitas dores enquanto o bisturi rasgava o membro.
A coluna teve acesso a fotos e vídeos do estado em que a mulher centenária se encontrava antes de ter o pé amputado sem qualquer assepsia, em 13 de dezembro do ano passado. A necrose havia tomado conta de todo o pé da vítima e se alastrado pela perna. O nome da idosa e de seus familiares serão mantidos em sigilo para não prejudicar as investigações. Além de apurar o fato de a idosa ter sofrido a amputação longe do ambiente hospitalar, os investigadores da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual (Decrin) querem saber onde foi descartado o pé da idosa.
A vítima era cuidada por técnicas de enfermagem e enfermeiros que se revezavam no home care. A profissional formada em enfermagem, que fez a amputação, teria sido contratada exclusivamente para fazer a cirurgia. A situação estaria tão precária e o pé da idosa tão necrosado que, em uma primeira tentativa, um bisturi teria ficado cego. Durante o procedimento, a idosa teria sentido dor e ouviu que era para ficar tranquila que “estavam tirando uma unha encravada”.
Veja imagens do pé da idosa momentos antes da amputação:
A reportagem apurou que idosa foi internada nessa segunda-feira (27/1) para amputar parte da perna necrosada. Investigadores da Decrin estiveram no hospital e requereram que familiares dela e funcionários fossem até a delegacia para serem ouvidos em termo de declaração.
Procurada, a delegacia informou que as as investigações ocorrem sem sigilo.
Os comentários não expressam a opinião do Jornal Populacional e são de exclusiva responsabilidade do autor.
28/01/2025 às 16:08