Quarta-feira, 15 de Janeiro

ONU e NASA confirma 2024 como o ano mais quente já registrado

Publicado em 11/01/2025 às 19:38
Mundo

Várias instituições independentes, incluindo a Nasa (agência espacial americana) e a OMM (Organização Meteorológica Mundial), vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas), confirmaram nesta sexta-feira (10) que 2024 foi o ano mais quente da história da humanidade, ultrapassando 2023, o recordista anterior.

Menos de 24 horas antes, o observatório Copernicus, da União Europeia, foi o primeiro a anunciar o resultado, que já era esperado devido às temperaturas escaldantes registradas ao longo do ano passado.

Em um movimento coordenado inédito, as entidades -as principais em termos de dados de monitoramento climático no mundo- decidiram concentrar a divulgação de seus relatórios. A decisão foi um esforço para chamar a atenção para a gravidade da situação do aquecimento global.



As instituições trabalham com diferentes fontes de dados, além de usarem metodologias distintas para o cálculo das temperaturas do passado. Por isso, há diferenças quanto aos níveis de aquecimento identificados.

Para a maior parte dos conjuntos de dados, 2024 foi o primeiro ano com temperatura média global superior a 1,5°C em comparação aos níveis pré-industriais e, portanto, anteriores à emissão em larga escala de gases causadores de efeito estufa.

Esse valor, que é considerado pelos cientistas como o limite para impedir as piores consequências do aquecimento do planeta, é também a meta preferencial pactuada no Acordo de Paris, de 2015.

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As estimativas mais altas foram as do observatório
Copernicus, que calculou que o ano teve aquecimento de 1,6°C em relação ao período anterior à Revolução Industrial, e a da Universidade da Califórnia em Berkeley, com 1,62°C.

A OMM, que analisa os seis principais conjuntos de dados internacionais, indicou que esse aquecimento foi de 1,55°C.
Por outro lado, a Nasa estimou que o incremento em relação aos níveis pré-industriais foi de 1,47°C.

Todas as entidades foram unânimes, contudo, em destacar que os níveis de calor são recordes. Os últimos dez anos (2015-2024) foram os dez mais quentes já registrados no planeta.

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