Publicado em
24/01/2025
às 08:27
Anápolis
A enfermeira Tatiany Mayary Miranda da Costa foi servidora da Prefeitura de Anápolis, município a cerca de 55 km da capital goiana, por apenas um dia. Isso porque ela é esposa do vice-prefeito, Walter Vosgrau (MDB), e foi nomeada para um cargo no executivo municipal com salário de R$ 13.735,09.
Após a repercussão do caso, o prefeito Márcio Corrêa (PL) voltou atrás e na edição suplementar do Diário Oficial de quarta-feira (22/1) ele tornou “sem efeito o decreto” que nomeou a esposa de Walter “para o cargo em comissão de assessor especial do gabinete do prefeito e vice-prefeito”.
O que aconteceu:
Tatiany é enfermeira e já trabalhou no Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu). O cargo que ela exerceria é de confiança, sendo de cunho político e não exatamente técnico. Além disso, ela trabalharia diretamente com o marido.
O Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que é proibida a nomeação de familiares até o 3º grau, por violação ao princípio da moralidade. Primos são considerados parentes de 4º grau. A norma vale tanto para posições administrativas, como funções comissionadas.
Estão livres da regra os cargos de natureza política. Ou seja, parentes podem ser nomeados como secretários municipais e estaduais desde que tenham formação adequada para a posição. Não pode haver um “desvio de finalidade da nomeação”.
Em nota, a Prefeitura de Anápolis admitiu o equívoco. “A Prefeitura de Anápolis reconhece que a nomeação de Tatiany Mayary Miranda da Costa no gabinete do vice-prefeito foi inadequada e já publicou decreto tornando a decisão sem efeito.”
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