Publicado em
10/07/2025
às 15:48
Uruaçu
A Polícia Civil prendeu um homem de 42 anos suspeito de liderar uma associação criminosa que aplicava golpes contra empresas funerárias e pessoas que procuravam os respectivos serviços. O homem atuava como agente funerário em um dos estabelecimentos e foi detido nesta quarta-feira (09) em Uruaçu. Até o momento, 10 vítimas foram identificadas.
De acordo com o delegado Sandro Leal Costa, responsável pela investigação, o suspeito usava as instalações e o nome da empresa para captar interessados em túmulos, gavetas ou reforma de jazigos, mas emitia ordens de serviço falsas. “As pessoas procuravam um jazigo, um concerto, uma reforma em um túmulo ou lápide, por exemplo, e em vez de fazer uma ordem de serviço pela empresa, o funcionário pegava para si aquela contratação e fazia por fora, recebia dinheiro na sua própria conta e muitas vezes nem entregava o serviço”, explicou o delegado.
Conforme a investigação, somados os valores desviados das empresas e recebido em contas particulares, o prejuízo estimado ultrapassa R$ 50 mil. Além disso, ficou constatado que o funcionário liderava uma associação criminosa com estabilidade e além dele, outros dois indivíduos são investigados: um agente funerário que trabalhava com ele e um pedreiro que fazia reparos no local. “O pedreiro, por vezes, fazia serviço até mesmo à noite, uma situação não comum”, destaca o delegado.
Ao descobrir que era alvo de investigação, o suspeito ameaçou o gerente da empresa onde trabalhava para que retirasse a denúncia e assim, suspendesse as investigações. Ação que resultou no pedido de prisão temporária.
Durante as buscas na empresa e na casa do funcionário, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, R$ 6.636 em espécie, uma arma longa tipo mosquete e duas munições calibre 7.65 sem registros. A posse ilegal da arma também levou a uma autuação em flagrante e o homem já responde por estelionato, furto qualificado, associação criminosa e coação no curso do processo.
Segundo o delegado Sandro Leal, dez vítimas já foram identificadas e cinco delas já representaram criminalmente. No entanto, a expectativa é que haja muitas mais vítimas.
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