A importância da notificação.
Publicado em
07/01/2022
às 20:55
Rialma
É
inegável o formidável trabalho realizado pelos Fiscais Estaduais Agropecuários
e Agentes de Fiscalização da Agrodefesa no controle e erradicação de doenças e
pragas nas lavouras e nas mais diversas enfermidades animais como Peste Suína
Clássica e Africana, New Castle, Influenza Aviária, Anemia Infeciosa Equina,
Mormo, Brucelose, Tuberculose, Febre Aftosa, Raiva e muitas outras visando a
eficiência e a eficácia da agropecuária de Goiás e suas ramificações,
conquistando e consolidando mercados no Brasil e no mundo.
É neste cenário que a Agrodefesa atua, na
defesa sanitária, através de seus servidores à busca de fragilidades onde possa
ingressar um agente infeccioso ou uma praga que tenha potencial para provocar
danos à produção animal, vegetal, mercado de produtos ou até a Saúde Pública,
haja vista que muitas dessas enfermidades são zoonoses (doenças transmitidas do
homem a animal e vice-versa), como é o caso da raiva, brucelose e tuberculose.
Esse trabalho chamamos de Vigilância Ativa onde o Serviço de Defesa Sanitária vai ao
encontro de uma possibilidade de risco como é o caso das vistorias e inspeções
de rebanhos e lavouras, mas há outro tipo de vigilância que se torna mais
importante e eficaz que é a passiva, ou seja, quando o produtor, profissionais
agropecuários ou qualquer outra pessoa envolvida com o meio comunica à
Agrodefesa pelos mais diversos modos (telefone, e-mail. Whatzap, pessoalmente,
SISBRAVET...) à ocorrência de focos.
Foi
através da notificação por um produtor de Rialma-GO que a Agrodefesa teve
conhecimento de um surto de raiva às margens da BR 153 sentido norte no último
dia 30 de dezembro de 2021, onde deslocaram, imediatamente, os FEAs Médicos
Veterinários Antonio Jose Gonçalves França (UVL Rialma) e Júlio César Conserva
(UR Ceres) para primeiro atendimento.
Ao
chegarem à propriedade foi informado que haviam morrido 4 bovinos de 6 a 14
meses de idade com sintomatologia nervosa (paralisia dos membros anteriores ou
posteriores, decúbito esternal progredindo para lateral, prostração,
opistótomo, sinal de pedalagem, dificuldade respiratória e morte em 3 a 9 dias
após os primeiros sintomas, muito semelhante a botulismo em bovinos ou
intoxicação por sal comum em suínos, mas com algumas diferenças básicas: ocorre
em várias espécies (suínos, bovinos, equinos e cervídeo), em várias
propriedades e relato de espoliações de morcegos), havendo um animal vivo com
os mesmos sintomas mas alerta e se alimentando, o qual foi examinado e
posteriormente, quando este veio à óbito, coletado material encefálico e
enviado ao laboratório da Agrodefesa (LABVET) em Goiânia para confirmação da
raiva.
Retornando
a propriedade para demais providências o produtor relata a morte de um veado visto
na véspera com sintomas semelhantes e mortes de equino e suíno em um vizinho.
Com
a ocorrência do foco e conforme legislação sanitária animal de Goiás todos os
produtores ou detentores de animais (bovinos, bubalinos, equinos, muares,
asininos, ovinos e caprinos) em um raio de 12Km a partir do foco deverão
vaciná-los contra raiva dos herbívoros, a saber: Rialma até as divisas dos
municípios de Ceres, Nova Glória e Santa Isabel, região de Castrinópoles até o
Posto Barreto; Em Ceres região do IFG Goiano, córrego Mestre, parte do córrego
Gameleira, até o Km 2 na estrada do Sapé, até o Km 8 na estrada pro Palmital,
toda região da Fartura, córrego Seco, Bom Sucesso e Beira Rio; Ipiranga de
Goiás até as intermediações do km 9 da Rodovia GO 334 para Rubiataba; Nova
Glória: saída para o Bom Jesus até o km 1, até as divisas com Ipiranga de Goiás
e Ceres, córrego Jatobá, saída para Plaina até km 1, BR 153 até 4 km de Jardim
Paulista sentido norte e Vila Bolsão até a divisa com Santa Isabel, e neste
município até o km 3 depois da ponte do rio do Peixe, região das fazendas Boa
Esperança e Cacheira, terra vermelha até 3km de Santa Isabel pela GO 483,
margem direita da GO 480 em direção à Rialma.
Qualquer
dúvida entre em contato com a Agrodefesa de seu município para saber se sua
propriedade faz parte dessa região.
É
bom salientar os seguintes cuidados: Caso surja doenças nos animais comunicar
imediatamente a Agrodefesa; Jamais colocar a mão na boca de animal que
apresente sinais nervosos, pois é suspeita de raiva; Em caso de espoliação dos
animais por morcegos (presença de sangue escorrendo no animal) usar pasta
vampiricida em volta da ferida aberta por conta da mordedura usando uma
espátula na aplicação; Comunicar a Agrodefesa em casos de espoliações por
morcegos e possíveis abrigos ou até mesmo morcegos doentes, cambaleantes ou
voando estranhamente durante o dia. Lembramos também que casos como este podem
ocorrer devido a falhas vacinais como manter a vacina fora da temperatura ideal
(2 a 8°C), seja no transporte, na armazenagem ou durante a aplicação,
mantendo-a em caixa isotérmica com bastante gelo, inclusive as seringas de
aplicação durante a vacinação, caso contrário pode comprometer a eficácia do
esquema vacinal e a baixa imunização dos animais.
Outros
fatores podem contribuir para a ineficiência, como manusear animais
estressados, fracos, desnutridos ou comórbidos (doentes). Faça a sua parte:
Notifique à Agrodefesa em qualquer ocorrência de doenças ou pragas para que
elas não se disseminem e causem grandes prejuízos financeiros ou em saúde pública,
comunique.
Por Antonio França – UVL Rialma
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