Sábado, 27 de Julho

Papa diz que seminários estão 'cheios de viadagem', segundo imprensa italiana

Publicado em 27/05/2024 às 22:39
Mundo

O Papa Francisco disse em uma reunião a portas fechadas com bispos italianos que os seminários já estão “cheios de viadagem”, e que homens gays não podem ter permissão para se tornar padres, de acordo com reportagens da imprensa italiana publicadas nesta segunda-feira (27).


Os dois principais jornais do país, o La Repubblica e o Corriere della Sera, disseram que o papa usou o termo considerado homofóbico frociaggine, no original em italiano, em conversa com membros da Conferência Episcopal Italiana, entidade equivalente à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Vaticano não se pronunciou sobre o caso, que teria acontecido no último dia 20.

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Os bispos que foram ouvidos pelo Corriere della Sera disseram que estava claro que o pontífice “não tinha consciência” do quão ofensiva a palavra é em italiano, que não é a língua materna de Francisco. Disseram ainda que “a gafe do papa foi evidente” aos presentes.

Desde que foi eleito papa pelo colégio cardinalício em 2013, Francisco, 87, orientou a Igreja a uma postura mais acolhedora com fiéis LGBTQIA+.

A medida mais significativa veio em dezembro do ano passado, quando o pontífice  autorizou a bênção a casais do mesmo sexo e àqueles considerados “em situação irregular”, termo usado para se referir aos que estão em sua segunda união após um divórcio. Francisco, entretanto, manteve o veto ao casamento homoafetivo.

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O texto dizia que a bênção litúrgica aos casais homoafetivos em nada deve se assemelhar ao casamento. “Essa bênção nunca será realizada ao mesmo tempo que ritos civis de união, nem em conexão com eles, para não produzir confusão com a bênção do sacramento do matrimônio”, de acordo com um trecho.

Foi a primeira vez que a Igreja Católica abriu caminho para a bênção a casais do mesmo sexo, e gerou uma forte reação da ala conservadora da instituição formada principalmente por católicos dos Estados Unidos.

Francisco também deu várias declarações direcionadas a pessoas LGBT, como quando disse, em 2013, de volta de uma viagem ao Brasil no início de seu pontificado: “Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?”.

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