Publicado em
01/12/2024
às 10:16
Populacional Brasília
A dívida bruta do Brasil alcançou a marca de R$ 9,032 trilhões em outubro de 2024, segundo relatório “Estatísticas Fiscais” divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central. O valor representa um aumento de 1,16% em relação a setembro e de 14,13% em comparação ao mesmo período de 2023, configurando a primeira vez que o indicador ultrapassa a barreira dos R$ 9 trilhões.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) engloba as obrigações do governo federal, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e dos governos estaduais e municipais. Em 2024, o estoque da dívida aumentou R$ 952,6 bilhões e, no atual governo, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o crescimento foi de R$ 1,807 trilhão.
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Desde o início da série histórica, em 2006, o avanço da DBGG pode ser dividido em períodos governamentais:
Ao ser comparada com o PIB (Produto Interno Bruto), a dívida bruta atingiu 78,64% em outubro, o maior percentual desde outubro de 2021, quando alcançou 79,1%. Esse patamar representa uma elevação de 4,22 pontos percentuais em 2024 e de 6,96 pontos desde o início do atual governo.
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Os gastos com juros nominais da dívida pública chegaram a R$ 111,6 bilhões em outubro, um aumento expressivo de 80,3% em relação ao mesmo mês de 2023. A manutenção da taxa Selic em níveis elevados foi apontada como um fator que encarece o custo de financiamento da dívida.
Considerando os juros, o resultado nominal do setor público consolidado apresentou um déficit de R$ 74,1 bilhões no mês. No acumulado dos últimos 12 meses, os gastos com juros somaram R$ 869,3 bilhões, resultando em um déficit nominal de R$ 1,093 trilhão – equivalente a 9,52% do PIB.
Os números indicam desafios significativos para a gestão fiscal do país, que deve equilibrar a necessidade de financiamento público com a busca pela sustentabilidade econômica.
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