Segunda-feira, 10 de Fevereiro

PRF agride crianças em condomínio do Rio Grande do Norte

Publicado em 09/02/2025 às 19:15
Rio Grande do Norte

Duas crianças, de 12 e 14 anos, foram agredidas por um policial rodoviário federal (PRF) de folga no condomínio em que moram, em Mossoró (RN). Uma delas já teria sido agredida anteriormente pelo mesmo homem. O caso aconteceu no dia 18 de janeiro. 

Nas imagens, é possível ver o momento em que o PRF se aproxima das crianças, de 12 e 14 anos. Ele aponta o dedo para o rosto do mais novo e puxa o cabelo da criança.

Depois o agente se a aproxima do mais velho. Em seguida, o policial se afasta, mas, antes de ir embora, agride o mais velho com pelo menos cinco socos. As crianças correm, o policial dá as costas e sai andando.

A reportagem conversou com as mães dos meninos agredidos, que relataram o ocorrido e o medo com o qual têm convivido. De acordo com as mulheres, o policial afirmou que, “porque o nível da sua patente é alta, nada aconteceria com ele.”

O que aconteceu?

  • As crianças de 12 e 14 anos se encontraram na área de lazer do condomínio onde moram, em Mossoró (RN), para jogar futebol. Um deles estava com uma bomba de ar para encher a bola.
  • Isabellyta Carlos de Sousa e a outra mãe, que prefere não ser identificada, relataram a reportagem que receberam ligações dos filhos, duas crianças, de 12 e 14 anos, alegando agressão por parte do PRF.
  • O filho de Isabellyta, que tem 12 anos, se escondeu na portaria. De acordo com a mãe, ele levou murros e chutes na perna direita e ficou com lesões. Essa não seria a primeira vez que o PRF bateu no menino.
  • O outro menino, de 14 anos, levou socos no rosto e chegou a ter o nariz lesionado.
  • O policial teria cometido as agressões por não ter gostado de interações dos adolescentes com o filho dele, que tem 9 anos


Agressões

De acordo com Isabellyta, essa não foi a primeira vez que o PRF, que é instrutor de jiu-jitsu, agrediu o filho dela. Em ambas as agressões, o homem estaria descontente devido a interações dos adolescentes com o filho dele, que tem 9 anos.

“Dois minutos depois que meu filho desceu [para a área de lazer], ele retornou para pegar uma bombinha de encher bola. Ele me disse que ia jogar bola com o colega na quadra, só os dois”, conta Isabellyta.

Passados 15 minutos, o filho interfonou para a mãe da portaria. “A frase dele foi: ‘Mãe, aquele homem que bateu em mim uma vez me bateu de novo. Ele perguntou quem tinha chamado o filho dele para brincar e eu falei que ninguém tinha chamado, aí ele bateu na gente.’” A mãe foi ao encontro do filho e, assim que saiu do elevador, encontrou o PRF, que tentou “se justificar”.

“Ele disse o mesmo que na primeira vez, que tinha feito isso para ensinar os meninos a maneira certa de tratar o filho dos outros”. A mulher alega que os meninos não tiveram contato com o filho do PRF naquele dia.

“A imagem era muito chocante. A outra criança estava sangrando. Nariz e boca cortados, muito machucados e meu filho estava escondido na casinha do porteiro”, relata Isabellyta.

Foto colorida de menino de 14 anos agredido pelo PRF com nariz e boca sangrando - Metrópoles

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