Delegado de Aparecida de Goiânia critica sistema judicial ao comentar prisão de ex-presidente

Publicado em 23/11/2025 às 13:02

O delegado Humberto Teófilo, de Aparecida de Goiânia, fez duras críticas ao sistema de Justiça brasileiro ao comentar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, o episódio revela distorções que, na sua avaliação, parte da sociedade insiste em ignorar.

De acordo com o delegado, a prisão “escancarou uma realidade incômoda”, afirmando que Bolsonaro seria “o único ex-presidente preso no Brasil sem qualquer acusação de corrupção”. Ele comparou o caso ao de outros ex-chefes do Executivo que enfrentaram processos relacionados a escândalos dessa natureza. “Lula caiu por corrupção, Temer caiu por corrupção. Bolsonaro é o primeiro a ser preso sem crime de corrupção”, disse.

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Humberto afirmou ainda que, enquanto figuras do alto escalão enfrentam processos polêmicos, a situação nos atendimentos cotidianos da delegacia segue outro padrão. “Aqui embaixo, na vida real, o que eu vejo todos os dias é traficante saindo de audiência de custódia até sem tornozeleira eletrônica, criminoso perigoso voltando às ruas, vítima virando réu. E o sistema inteiro parece trabalhar contra o cidadão honesto. Isso é justiça ou perseguição?”, questionou.

O delegado citou passagens bíblicas ao relatar sua visão sobre o momento atual. Para ele, vivemos tempos em que “os maus chamam o bem de mal e o bem de mau”. Ele afirmou que suas críticas não se tratam de defesa de políticos, mas de uma denúncia contra o que considera um “sistema seletivo, corrompido e hostil à verdade”.

Humberto também criticou a atuação do Judiciário, alegando concentração de poderes em um único ministro. “Investiga, acusa, julga, prende, censura e decide sozinho — e chamam isso de democracia”, declarou. Segundo ele, há um avanço sobre liberdades individuais, incluindo episódios envolvendo ataques à fé, censura a cristãos e convocações de líderes religiosos.

Ao mencionar a figura bíblica do “juiz iníquo”, afirmou que vê paralelos no cenário atual. “Não teme a Deus e nem respeita os homens. Isso não é coincidência, é padrão. Quando o sistema se torna poderoso demais, sem freios e sem limites, ele escolhe seus inimigos.”

Humberto concluiu dizendo que, em sua visão, o alvo não é o ex-presidente, mas um valor maior. “O inimigo hoje é quem ousa discordar, quem fala, quem pensa, quem se posiciona. Bolsonaro é só o sino do momento. O alvo real é a liberdade. E a pergunta que fica é: quem será o próximo?”