Quarta-feira, 03 de Dezembro

Caminhoneiros anunciam protocolo de ação para legalizar paralisação nacional marcada para 4 de dezembro

Publicado em 02/12/2025 às 17:24
Populacional Brasília

De acordo com reportagem divulgada pelo Portal Metrópoles, o desembargador aposentado Sebastião Coelho e o representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, conhecido como Chicão Caminhoneiro, anunciaram em vídeo publicado nas redes sociais que vão protocolizar uma ação judicial para dar respaldo legal à paralisação geral prevista para esta quinta-feira (4/12).

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Segundo Chicão, a iniciativa busca garantir que o movimento siga dentro das normas estabelecidas pela legislação.
“Estaremos protocolando o movimento para trazermos a legalidade jurídica dessa ação que vamos iniciar a partir do dia 4 de dezembro. Doutor Sebastião Coelho estará conosco, nos acompanhará. Teremos todo o suporte jurídico necessário para o ato e dentro da legalidade que a lei estabelece”, afirmou.

Ao lado dele, o ex-magistrado declarou apoio irrestrito ao movimento dos caminhoneiros.
“Agradeço a confiança do movimento, tem o meu apoio. Estarei lá com vocês para dar assistência jurídica e o que for necessário, não só agora, mas em todo o desenrolar do processo, e eu creio que será um processo vitorioso para toda a categoria, diante da pauta que vocês irão apresentar”, disse Coelho.

Representantes da categoria afirmam que a mobilização não tem caráter político-partidário, mas objetiva reivindicar melhorias para a classe. Entre as pautas apresentadas estão a estabilidade contratual do caminhoneiro, a garantia do cumprimento de leis já existentes, a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a criação de aposentadoria especial após 25 anos de atividade comprovada.

Paralisação também envolve pedido de anistia

Sebastião Coelho, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já havia convocado na última semana uma paralisação em defesa da anistia ao ex-chefe do Executivo, atualmente preso na sede da Polícia Federal. Em suas redes sociais, o ex-desembargador orienta seguidores sobre como a mobilização deveria ocorrer, afirmando que esse seria “o caminho que restou”.

“Nós já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance até aqui, sem qualquer resultado. E qual é o objetivo? A anistia ampla, geral e irrestrita para todos do 8 de Janeiro e para o presidente Bolsonaro. Qual é o destinatário dessa paralisação? O Congresso Nacional, que está de costas para o povo brasileiro”, declarou.

Coelho ressalta que todos os setores poderiam aderir à paralisação, com exceção de serviços essenciais, como hospitais, ambulâncias e bombeiros. Ele afirmou ainda que, inicialmente, a expectativa não é de uma paralisação total, mas por setores, que poderiam agregar novos participantes ao longo do movimento.

Histórico: a greve dos caminhoneiros de 2018

O último grande movimento nacional da categoria ocorreu em 2018, quando caminhoneiros paralisaram por 10 dias em protesto contra os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis, sobretudo do óleo diesel. O ato provocou desabastecimento de combustíveis, alimentos e outros insumos em diversas regiões.

A mobilização terminou após o então presidente Michel Temer (MDB) aceitar parte das reivindicações apresentadas pelos caminhoneiros, como medidas emergenciais para conter os aumentos do diesel.

A nova paralisação prevista reacende o debate sobre a força da categoria e seus impactos diretos na economia e na rotina do país.

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